Após o lançamento do single e clipe de Cidade Perdida no mês passado, Bioma libera as faixas do novo disco União e Rebeldia.
O Clipe
O Clipe de Cidade Perdida foi dirigido e produzido por Julia Gimenes, profissional do audiovisual, feminista, que há 10 anos atua como colaboradora na causa indígena.
Para transmitir a força dos movimentos coletivos e a união de diversas narrativas, Julia incluiu na produção trechos de registros feitos por ela durante o Festival Guarani em 2017 e do primeiro Encontro das Mulheres Indígenas em 2018 ambos em São Paulo.
No clipe, esses trechos estão associados a imagens de arquivo retratando o crime cometido pela Vale em Brumadinho, que deixou 235 mortos e 35 desaparecidos, o discurso histórico do líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak e a crise das queimadas na Amazônia que ocorreram em 2019. Sem deixar de mencionar a importância dos canais “De olho nos ruralistas”, “mídia Ninja”, e outros portais desse jornalismo independente que possibilitou o acesso à essas imagens.
O disco
União e Rebeldia transcende das letras que abordam temas que envolvem causas sociais, indígenas, questões de gênero, e meio ambiente passando a força dessas composições para cada faixa do disco, que têm forte influência da musicalidade punk e hardcore.
Fundada em 2017 na cidade de São Paulo por Julia Kaffka (Baixo), Leticia Figueiredo (Bateria), Mayra Vasconcellos (Guitarra), Natália Pinheiro (Natoka – vocal), a banda idealizou o disco de forma que pudesse continuar transmitindo o espírito coletivo e a urgência da união de causas retratados no clipe de Cidade Perdida. Uma postura que a banda vem se propondo a construir desde sua formação.
Para isso foram reunides profissionais de diversas frentes desde a produção, mix e master, até a concepção de arte, lançamento e distribuição. Algumas faixas contam com as participações especiais de Cint Murphy da banda In Venus, e Karine Campanille (Transviada Distro, Mau Sangue, Messias Empalado, Violence Increases Fear) que também realizou as captações das músicas.
Na produção está Mari Crestani (Bloody Mary Une Queer Band e Weedra), captação de áudio no Estúdio Mitra, com o Kiko e o Igor. A mixagem e master estão nas mãos do Daniel Husayn (New Bomb Factory Mastering) que já fez trabalhos pra Rakta e G.L.O.S.S.
O lançamento fica por conta dos selos e distros Carniça Distro, Efusiva, Good Things Distro, Howlin Records, Läjä, Oxenti Recs. e Vertigem discos e será distribuido em CD, K7 e streaming.