Era mais um dia chuvoso na capital de São Paulo, o cenário perfeito para uma noite punk e assim foi com a estreia da banda Subalternos, no estúdio Espaço Som, na quinta-feira, dia 10. O repertório próprio apresentado vai incomodar muito, pois a mensagem dos caras vai de encontro aos problemas sociais recorrentes da cidade e no país.
Os inconformados da Subalternos são: César (bateria), Juliano (baixo), Cabeça (guitarra) e Deedy (vocalista). Os três primeiros faziam parte da banda Parallellos (2013 – 2015), o embrião da atual formação, mudando de nome após a entrada do vocalista.

No tocante ao desempenho, posso dizer que ganhamos nova força, estilo e sonoridade no cenário underground existente. “Cozinha alinhada, riffs marcantes e vocal direto”, essas são às características presentes no release da banda, com toda a certeza fazem jus a ela. É notória a influência no som do quarteto do tradicional punk inglês 77 que se alia a uma pegada próxima, por exemplo, do Cólera, lembrada no show, num cover da música “Dia e noite, noite e dia”. Ah, vale destacar, como todo grande lançamento, a pré-estreia dos caras abrindo a apresentação do O Satânico Dr. Mao e os Espiões Secretos, no dia 5, no Hangar 110.
“A gente vem ensaiando desde novembro (2014) e a expectativa foi sendo criada ao longo dos meses. Na medida em que a data se aproximava a gente acabou ficando cada vez mais motivados e ansiosos”, disse a banda sobre a expectativa do início dos trabalhos no Espaço Som.
Após o show, os Subalternos citou a importância da apresentação no Hangar 110, marcando a pré-estreia da banda, além da participação do público no Espaço Som. “Tivemos o privilégio de abrir o show dos ‘Garotos Podres’ no Hangar 110, mas não foi o nosso show completo, mas hoje sim. Apesar da forte chuva o público foi excelente! O espaço nos proporcionou mostrar um som consistente e acreditamos que o resultado foi acima do esperado. O primeiro passo foi dado para uma nova era no punk nacional”, disseram.

O desejo é que a banda tenha uma longa carreira e desperte sempre a luz da revolução na vida das pessoas, pois o regime no qual vivemos somos praticamente obrigados a sobreviver e não viver, dessa maneira toda a manifestação e resistência é válida. Encerro com a mensagem da banda para o público, “agradecemos muito o apoio de todos. A gente vem recebendo muitos elogios de quem ouve os sons e quem frequenta os shows. Queremos que vocês nos ajudem a divulgar nossas ideias e músicas. Queremos a volta da cena punk em São Paulo e vamos batalhar muito para que as bandas e o público voltem a se interagir. Organizar shows, festivais, unir a cena, porque o momento político do país é muito propício para isso. O povo está indignado e o punk sempre será uma ótima ferramenta de protesto. O punk rock nunca vai morrer em quanto tivermos as bandas tocando e o público participando”.
Essa é uma banda que vale a pena vale acompanhar.
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