Apesar da biografia da banda informar que tudo começou lá pelo ano de 2008, com três caras realizando um hardcore melódico e incluindo na bagagem shows, lançamentos de EPs e singles, considero o primeiro full-length da Sallys Home a estreia oficial dos caras no hardcore melódico. É aquele batismo de fogo, no qual você precisa provar para si mesmo que é capaz, que possui a força suficiente para continuar e, não só isso, mostrar de fato ao que veio.
Formada atualmente por Ricardo (guitarra e vocal), Danilo (guitarra e backing vocal), Bio (baixo e backing vocal) e Evans (bateria), a Sallys Home nasceu em Jundiaí (SP) e possui influências de Face to Face, Descendents, Ramones, The Gaslight Anthem, The Invisibles e Green Day. A banda demonstra muita qualidade nas canções e uma execução mais simples do que o convencional no hardcore melódico, porém com solos e riffs que em nada deixam a desejar para os fãs do estilo.
Mas a banda também assume um papel de punk pop, e nessas horas você consegue perceber as influências do The Gaslight Anthem batendo forte. O álbum Melody Station, que conta com 10 faixas, recebeu produção de Alexandre Chapola e a masterização por Paulo Anhaia, um cara que já trabalhou com o CPM 22 e Rita Lee, por exemplo.
Com lançamento entre os selos Oba!Records e Motim Records, o álbum Melody Station pode ser ouvido aqui: http://migre.me/qhOFd. O álbum também pode ser baixado no site do Bandcamp, mas comprando o merchan dos caras você ainda ajuda a banda ir frente e bancar custos com uma tour que poderá incluir diversas cidades do país em breve.
Em abril deste ano a banda conversou com o Pop Punk Academy, para conferir o papo basta clicar AQUI. Em nossa audição, os destaques para o álbum ficam com as músicas “We never walk alone”, “Rowing to survive”, “Like a grey monday” e “Summer Shit”.
A conclusão é simples: o batismo de fogo do primeiro full foi superado, agora que venham outros discos e histórias da Sallys Home.