Punk, hardcore e alternativo

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Red Star Festival: Show de organização punk

No último sábado, dia 13 de dezembro, foi realizado no Hangar 110 o Red Star Festival. Evento organizado pelo selo Red Star Recordings e por Jefferson (Agrotóxico e Flicts) e que contou com as bandas KOB 82, Deserdados, Excluídos, Devotos e Flicts. Numa noite de celebração pelo ótimo ano da gravadora, que lançou álbuns de grandes nomes da cena punk/hardcore nacional.

KOB 82
KOB 82

Acabei chegando um pouco atrasado, mas em tempo de ver a apresentação da primeira atração da noite, o KOB 82. Banda muito boa por sinal. O mais interessante foi presenciar um público considerável prestigiando o show. Todo mundo agitando, embalados pela energia das músicas e pela presença de palco dos caras. O grupo que conta com Tato nos vocais, Raul (guitarra), Presunto (baixo) e Limão (bateria) que faz um punk hardcore no naipe de bandas como Discharge, Varukers, GBH e Olho Seco. Tocaram músicas do álbum de estreia, intitulado “Propaganda Pelo Ato”. Show rápido, porém os caras deram conta do recado. Com certeza esquentaram a galera que ficou muito animada aguardando a banda seguinte.

Logo depois,  chega a hora da segunda banda da noite, o Deserdados. Liderados por Lambão e companhia, o trio mostra porque é uma das bandas mais cativantes e empolgantes da cena. Tocaram seus sons clássicos como “Rock de Combate”, “Eu não quero mais”, “1977” e também músicas do mais recente disco, o “Mais um dia”, que também faz parte dos lançamentos da Red Star. Não tem como definir o show dos caras sem usar a palavra “maravilhoso”. São 19 anos de história, contadas em pouco mais de quarenta minutos. Energético, empolgante e histórico. Se eu já estava muito feliz com o que estava assistindo naquela noite, ouvir os Deserdados ao vivo me deixou mais empolgado e ansioso para ver o que ainda estava por vir.

A terceira banda foi Os Excluídos. Confesso que conhecia muito pouco do grupo. Foi a primeira vez que os vi ao vivo. E o que posso dizer é que fiquei ali, parado, encantando e pirando no show. Brisando na energia da banda, na presença de palco de seus integrantes, na viagem sonora de músicas que mais pareciam verdadeiros hinos. “Km 77”, “Todo Dia é Hora de acordar”, entre outras fizeram minha cabeça na hora. Fiquei me perguntando o porquê de não ter escutado essa banda antes. Talvez por ter sido um show inédito pra mim, confesso que foi uns do que mais me impressionaram. Mas, eu sabia que ainda tinha muita coisa boa pra rolar no decorrer da noite.

Em seguida, foi a vez dos lendários Devotos, de Pernambuco. Clássico! Começaram logo de cara com “Nós faremos que você nunca esqueça” pra quebrar tudo logo de cara. E é claro que a mensagem foi clara. Não esqueci de como os caras arrebentam ao vivo. A batera destruidora de Celo Brown, a guitarra alucinada e energética de Neilton seguidos do baixo e vocal nervoso de Cannibal continuam de vento em popa. Punk, hardcore, reggae e ainda aquela influência regional característica da banda. Perfect! Foi um festival de clássicos: “Vida de Ferreiro”, “Futuro Inseguro”, “O Herói”, “Punk Rock Hardcore Alto José do Pinho”, “Tem de Tudo” entre outros sons dos mais de 20 anos de estrada. Um ponto alto do show foi quando a banda, que já havia tocado “Roda Punk”, juntou só as meninas para a roda e repetiram a música. Nota dez pro Devotos e pros marmanjos que respeitaram a roda das minas. Fecharam com “Eu tenho Pressa”. Nota 10 para os manos do Alto Zé do Pinho.

O Flicts ficou encarregado de fechar a noite. Mais uma vez fiquei parado, perplexo, assistindo toda a galera cantando à plenos pulmões as músicas do clássico trio paulista. Essa banda é sem dúvida uma das mais empolgantes da cena punk rock nacional. A banda chegou a parar por um tempo, meio desacreditada com a cena. Mas como sempre, o bom filho à casa torna. E eles estão aí, mais vivos e empolgantes do que nunca. Para a alegria de todos nós. Consegui ver os caras tocarem algumas músicas inclusive  às clássicas “Desmascarar Sua Bandeira” e “Briga de Bar”. Mas, infelizmente, não pude ficar para assistir esse maravilhoso show até o final (tive que correr pra pegar meu último bus), mas fiquei o suficiente par presenciar uma noite histórica. Onde foi possível sacar que competência e profissionalismo, tanto por parte da organização do show como por parte de todas as bandas da noite, foi algo que teve de sobra.

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