Punk, hardcore e alternativo

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Resenha: Lo-Fi – Love Songs Garageiro

Existem bandas que nascem com um propósito bem simples: compor umas músicas, ensaiar, gravar e tocar muito. Conhecer novos lugares, fazer novas amizades fazendo muito barulho. Sem essa de querer ser “a melhor banda dos últimos tempos da última semana”, sem querer se tornar ícone da cena ou referência para quem está começando ou para quem já está aí na estrada. Estão apenas para fazer o bom e velho rock´n roll. E é esse o espírito e a essência que corre nas veias do grupo Lo-Fi. Fazendo um som descompromissado, mas levando o trabalho muito a sério. Inclusive no ano passado, fizeram uma tour pelos Estados Unidos, onde passaram por diversas cidades mostrando seu som pra gringo nenhum botar defeito (para saber mais sobre essa tour, clique aqui).

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Lo-Fi – Crédito da foto: Instagram da banda

A Lo-Fi foi formada em 2006, na cidade de São José dos Campos, por Thiago Roxo (guitarra e voz), Rogério (baixo e voz) e Marcelo (bateria). O som é uma pegada feroz de punk, hardcore, trashcore e crossover. Mas as influências vão além do rock, pois passam também pelo skate e pelo surf.

O primeiro registro dos caras foi lançado em 2009, o álbum “We Murder and Rape”, onde a banda mostra toda a sua energia. Influenciados por bandas como Grinders, RDP, Minor Threat, Black Flag, A.N.S, Bones Brigade, Os Pedrero, DRI, entre outras. Mas é possível sacar muita coisa de Motorhead aí no meio, assim como ZEKE também. Ou seja, os caras respiram o rock e as suas melhores influências.

De lá pra cá já foram lançados os EPs “Surf Is Over, God is Dead”(2010), “Cream Cheese (2011 – Split com a banda Orgasmo de Porco), “Long Hair Cold Drinks” (2014) e os álbuns “Fast Rocking, Slow Humping” (2012) e o mais recente trabalho, “Love Songs Vol.I”, lançado em dezembro de 2014 pela Laja Records e pela Dente Pôdi Records.

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Love Songs Vol 1 – 2014

Gravado no Caverna Studio, o disco conta com a produção de Fabio Mozine (Laja Recs) e foi mixado por Chuck Hipólitho. Esse trabalho também teve a contribuição de amigos e fãs, que ajudaram com o financiamento coletivo do Catarse. Destaque para a parte gráfica desse álbum, que é um digipeck bem bacana.

O álbum, conta com 13 músicas, gravadas em mono, o que deixa você com a impressão de que está ouvindo o som em fita k7. Mostrando as velhas influências de punk rock, hardcore, crossover, agora incrementadas com uma pitada de garage rock e surf music. A novidade é que boa parte das músicas desse disco são cantadas em português, diferente dos trabalhos anteriores. Com relação as letras, é verdade, realmente são “love songs”, mas sem aquelas paradas clichês e “dor de corno”. Canções simples, descompromissadas, falando de relacionamentos e tirando uma onda. Músicas como “Camila”, “Wait For Me Jennifer”, “Sweet Like Cottom Candy”, “Lucy My Darling” e “Meu Futuro Depende de Você”, “Ingrata / Ela é Meu Protetor de Tela”, “Brenda”, “Amar é Melhor que Viver”, entre outras, retratam essas “histórias românticas”. O disco ainda conta com a participação de Mozine nas músicas “Me Leva pra sua casa” e “Implorar é Amar”.

Rápido, simples, divertido. Esse é o Lo-Fi com suas cantigas de amor. Pra quem já conhece o som dos caras, pode achar que esse trampo é um pouco diferente dos registros anteriores da banda. Porém esse é o lado positivo da coisa, pois mostra que eles estão preocupados apenas em fazer um som. Não se prendendo aos rótulos, fazendo o que estão com vontade. Por puro amor ao rock. Love Songs True! Ouça sem frescura!

Facebook: lofipunkrock

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