
Tuíra é uma banda queer do Rio de Janeiro, com referências de pop punk, hardcore melódico e indie. Desde a escolha do nome, uma homenagem à indígena Kayapó que com seu facão barrou a construção da barragem de Belo Monte na década de 80, à composição das músicas, a banda aposta no protagonismo das mulheres em suas diferentes formas. Com letras potentes que navegam por temas políticos e afetivos, a banda constrói em suas composições e nos shows um ambiente sonoro que reflete ao mesmo tempo a espontaneidade do punk e a resiliência LBTQI*. O projeto começou em 2017 com Amanda Azevedo (voz e guitarra) e Hanna Halm (baixo e voz), ganhando mais corpo em seguida com Juliana Marques (bateria) e Thaís Catão (guitarra).
Depois do lançamento do single “Crimeia”, em agosto deste ano, a banda lançou seu primeiro EP, intitulado “Calma e Força”. Com cinco faixas gravadas ao longo de 2018 e 2019, o EP traduz a trajetória da banda até então.
Por Sofia Laureano
É som pra dar coragem em tempos sombrios
O EP Força e Calma da banda Tuíra conta a trajetória da banda, formada em 2017. O encontro entre as quatro integrantes é potente em retratar parte da cena queer punk fluminense. As letras carregam histórias de luta, afetos e angústias. Destaco as guitarras incríveis de Thais Catão, que esse ano também gravou O Gole Que Presta, de Bel Baroni. Ao ouvir, me trouxe saudade da apóia-mutua da cena, muito apoiada no lugar da Motim, casa de shows que abrigou os primeiros ensaios da banda. Tuíra é para ouvir com coração e mente inquietas, dispostas a apontar e reparar as diferenças e contradições. É som pra dar coragem em tempos sombrios.
Ficha técnica
Música e letra: “Crimeia” por Amanda Azevedo e Hanna Halm; “Ella” por Hanna Halm e Juliana Marques; “Kararaô” por Ernesto Sena e Hanna Halm; “Corda bamba” e “Só o fim” por Hanna Halm.
Gravação, mixagem, masterização: Ernesto Sena
Colaboração: Ana Luísa Queiroz
Arte da capa: Natacha Castro
Selo: Efusiva Records
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