
Manaus tem apresentado muitas e ótimas bandas nos últimos anos, como Antiga Roll, SuperBad e DPeids, além de outros nomes que acreditamos que você já ouviu falar: Infâmia, Os Playmobils, Morgados, Pacato Plutão e Renegados Pelo Sistema. Bandas que podem até nem ser tão novas assim e que estão conquistando cada vez mais espaço por aí.
Dead Live é outra banda vinda de Manaus que vale a pena ouvir e que faz um rock’n’roll que poderia ser muito bem trilha sonora de qualquer filme de horror, ou filme B de horror. Em alguns momentos fiquei me sentindo em alguma sessão de cinema com imagens de alguns filmes passando pela minha cabeça, tipo o “Grindhouse”, “Planeta Terror”, “Dia dos Namorados Macabro”, “Fome Animal” e “Despertar dos Mortos”.
A banda é realmente boa ao misturar rock/punk com histórias de horror no álbum “Mortos Vivos”, ao mesmo tempo que falam sobre uma sociedade em decadência enquanto parece que a maioria das pessoas buscam alguma fuga diante de tudo isso. Algo que é possível perceber nas músicas “Identidade” e “Terno e Gravata”, que não citam sangue, zumbis ou morte, mas conseguem dar uma sensação de labirinto, onde todas as saídas levam para uma vida sem qualquer sentido e cheias de frustração. É uma cena de horror, não explicita, mas está lá e você pode até se arrepiar ao ouvir.
Dead Live é formada por Jefferson Carneiro (voz e guitarra), Benedction (baixo) e Dirley (bateria). O interessante do álbum “Mortos Vivos” é que o mesmo foi gravado, mixado e masterizado pelo próprio Jefferson. Seria impressionante se até o Jefferson tivesse feito a capa do álbum, mas como é possível perceber, a arte do disco foi feita pelo Daniel Ete (Muzzarelas). Seus desenhos são quase uma assinatura, quase impossível não reconhecer.
“Mortos Vivos” é o segundo álbum do Dead Live e foi lançado no final do ano passado. Ao contrário do nome da banda, a cena de Manaus está viva, muito viva e rock’n’roll. Ouça no último volume e deixe cada solo de guitarra corroer seu cérebro.