Se você conhece apenas o cenário independente do eixo Rio-São Paulo, recomendamos que reconsidere suas perspectivas para bandas de outros estados. No caso, Bikini Hunters, com origem no interior do Rio Grande do Sul, seria o seu melhor começo para ter uma ideia das coisas boas que acontecem longe do seu campo de visão.
Enquanto o mainstream se rende cada vez ao mercado (ou melhor, já se rendeu) e grupos parecem mais interessados em tocar coisas para satisfazer outras pessoas ao invés de si mesmos, até mesmo no independente, é com grande alegria descobrir bandas como os caras da Bikini Hunters interessados em tocar e mostrar suas músicas do jeito mais honesto e sincero possível. Música que dá tesão de ouvir e que valeria cada centavo gasto no álbum ou no show, além, é claro, das cervejas consumidas durante esse processo.
Com outros trabalhos já lançados e que geraram boa repercussão em diferentes lugares do país e fora dele, 2016 será provavelmente mais um ano de conquistas desse quarteto de Veranópolis que vem divulgando novos sons e criando uma expectativa bastante positiva a respeito de um novo álbum. Com as faixas “Garotas Vulgares” e “Gosto de Perigo”, gravadas no estúdio Hill Valley, com produção de Sergio Caldas e Davi Pacote, as músicas guardam uma sonoridade ramônica com uma pegada quase anos 80.
É importante ressaltar que o título de “Garotas Vulgares” pode despertar uma dúvida sobre a canção, será que essa música é machista ou até misógina? Longe disso, foi com alívio (e prazer) que o som está mais para uma declaração de amor. Bikini Hunters talvez seja exatamente isso, uma ode pura e simples ao punk, amor, sexo, bebida e a verdade de bandas que ainda fazem música pelo prazer que ela proporciona.
O segundo álbum da banda deve trazer mais surpresas provavelmente até o fim do ano. Enquanto aguardamos vamos continuar ouvindo o grupo AQUI. Curta a página da banda neste link: fb.com.br/bikinihunters.