
Luiza Pereira é vocalista da INKY, que em 2014 lançou o elogiadíssimo álbum Primal Swag, abrindo portas em todo o mundo para o grupo. Com uma sonoridade misturando o pop, rock e sintetizadores, a banda conquistou um público bastante fiel e vem despontando cada vez mais entre as bandas nacionais com trabalhos relevantes e consistentes.
Recentemente, o INKY lançou o single “Parallax”, faixa que estará no segundo e aguardado álbum do grupo (ainda sem nome) com previsão de lançamento em agosto deste ano.
O sucessor de Primal Swag foi gravado no Red Bull Studios, em São Paulo, e teve produção assinada por Guilherme Kastrup (responsável pelo aclamado A Mulher do Fim do Mundo, de Elza Soares).
O single “Parallax” tem como fio condutor linhas de baixo, guitarra e bateria, sendo perceptível uma mudança na composição, provavelmente relacionada ao uso do sintetizador, algo que destacou o INKY na cena rock-eletrônica, mas que ficou em segundo plano na faixa. O objetivo talvez inclua o interesse em ampliar as possibilidades sonoras.
Parallax foi escrito a três mãos por Silva, Luiza e Marco Guasti, parceiro dos músicos em canções anteriores. A produção de Kastrup foi executada no Red Bull Studios sob os trabalhos de engenharia de som de Rodrigo Funai. Além de Guilherme, no baixo, e Luiza, vocal e sintetizadores, Stephan Feitsma toca guitarra, sendo a bateria por Luccas Villela.
Aproveite e termine de ler sobre os 10 álbuns ouvindo Parallax: Spotify | Deezer | Google Play | iTunes | YouTube | Tidal
Abaixo será possível perceber algumas das influências da Luiza que podem, de alguma forma, dar uma ideia bacana do que será possível esperar para o segundo álbum da INKY. Confira abaixo!
#029 – Os 10 álbuns de Luiza Pereira, da banda INKY
01 – BJÖRK (1977)
O primeiro disco da Björk e um dos meus discos preferidos da vida. Feito pra pista e com toda a genialidade e dramaticidade da Bjork. Anos 90 na sua melhor versão.
02 – MASSIVE ATTACK – HELIGOLAND (2010)
O primeiro disco que ouvi do Massive Attack e o começo de uma paixão pelo trip-hop. Disco delicioso de ouvir do começo ao fim.
03 – PJ HARVEY – UH HUH HER (2004)
Esse disco é a materialização da força feminina no rock. Riffs, melodias e letras poderosos e impactantes. Um disco diverso e que mostra por que a PJ é uma das mais importantes artistas da música alternativa.
04 – CONSTRUÇÃO- CHICO BUARQUE (1971)
Um disco impecável nos arranjos, na poesia e na musicalidade. Cheio de simbologias, de significado. Pra mim é uma das grandes obras da música brasileira.
05 – LCD SOUNDSYSTEM – SOUND OF SILVER (2007)
Disco-punk na sua melhor versão. LCD é uma influência pra INKY e uma banda que eu adoro. Já tivemos o prazer de abrir um show deles e curtir recentemente eles no Primavera Sound.
06 – MARS VOLTA – DE LOUSED IN THE COMATORIUM
Ouvi esse disco pela primeira vez com uns 13/14 anos. Abriu minha cabeça pra um novo mundo de possibilidades. Um disco pesado, complexo e cheio de melodias e motivos cativantes. Rock matemático e competente.
07 – THE WHITE STRIPES – GET BEHIND ME SATAN (2005)
Ouvi esse disco pouco antes de vê-los ao vivo em 2005. Uma aula de rock, de performance, de excelência na simplicidade e de como o blues pode ser atual. Toda a força do rock num duo inusitado e barulhento.
08 – D’ANGELO – VOODOO (2000)
Disco impecável. Groove, arranjo, melodias de voz, mixagem… Conheci esse disco depois de conhecer o Russel Elevado, engenheiro de mixagem dos discos dele e que a INKY teve a honra de trabalhar no primeiro disco. Um disco sem excessos, tudo na medida certa.
09 – DAVE BRUBECK – TIME OUT (1959)
Meu pai é um colecionador de discos de jazz e lembro desde pequena de ouvir esse disco em especial. Depois, quando ja tinha algum conhecimento musical, comecei a ressignificá-lo, adorar a riqueza do disco que usava fórmulas de compasso pouco usuais e de forma tão classuda e inteligente. Take Five e Blue Rondo À La Turk são grandes clássicos.
10 – AIR – MOON SAFARI (1998)
Não tem como amar sintetizadores e não gostar desse disco. Uma viagem de timbres, riffs e melodias.
3 respostas
Curto muito o Inky e adorei a seleção.
Só acho que o número 1 da lista pode ser na verdade o álbum “Debut” de 1993, que é o primeiro álbum solo da Björk depois da banda The Sugarcubes, e não esse de 77 que foi feito quando ela ainda era criança, tem mais a ver com os comentários da Luiza.
Thalita, você está certa. Erramos. Atualizamos a imagem. Obrigado!
Nossa, que lista! Excelente e inusitada.