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Dia 08 de março: Mulheres na música

Sendo mulher, e musicista, se torna um desafio enorme falar do tema “mulheres na música” sem me envolver apaixonadamente. Ainda mais quando se aproxima o 08 de março. Bom, confesso que fico ainda mais reflexiva sobre o que tem mudado na prática para equiparar os gêneros.

Percebo que de algum tempo pra cá, excelentes iniciativas vêm surgindo para promover e incentivar novas bandas femininas no cenário Rock e Metal, é muito gratificante saber disso!

Tenho plena consciência de que ainda somos minoria, infelizmente isso é uma verdade que é vista claramente, mas decidi não usar esse espaço para reclamar. Preferi falar dos grupos e movimentos que resolveram arregaçar as mangas e fazer algo para mudar essa realidade.

Dentre esses movimentos, posso citar sem medo de errar iniciativas como o Festival Roque Pense, que acontece na Baixada Fluminense, dando espaço e protagonismo para roqueiras e suas bandas. Também cito aqui a Hi Hat Girls Magazine, revista online e gratuita que divulga bateristas brasileiras e incentiva mulheres a tocarem e se aperfeiçoarem no instrumento. E esses são apenas dois exemplos de iniciativas de brasileiras que resolveram descruzar os braços.

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Julie Souza é baterista da banda Mortarium e editora chefe da revista Hi Hat Girls.

Sou dessas. Acredito de verdade que podemos fazer mais do que reclamar. Podemos reivindicar igualdade de condições na prática, indo atrás dos nossos objetivos e planos, mesmo que isso signifique começar do zero. Não sei se é um dito popular, mas a máxima “menos papo e mais ação” funciona mesmo. E como!

Então, se você tem banda, ou vontade de aprender a tocar algum instrumento, vai lá! Vai em frente! Não dê ouvidos para as críticas destrutivas que surgirem, apenas continuem seguindo. Se informe sobre o instrumento, faça aulas, se mova! Precisamos mesmo de mais guitarristas, bateristas ou baixistas pra agitar a cena e deixar o ambiente mais equilibrado.

Bom, gente, acho que o meu recado foi dado. Encarem essas linhas como um discurso incentivador. Todas nós podemos ser tudo o que quisermos, desde que estejamos dispostas a nos mover. Pode não ser fácil, e nem tudo pode ser “flores”(e não será mesmo!), mas, sabe assim fica até mais interessante!

É isso.

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Texto realizando gentilmente pela Julie Sousa para o Nada Pop. Julie é baterista da banda Mortarium (doom metal) e editora chefe da revista Hi Hat Girls.

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