Punk, hardcore e alternativo

Marina Gasolina - Foto Natasha Durski
Marina Gasolina - Foto Natasha Durski
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Quando longos invernos nos mostram o poder do sol

 

A Marina Vello possui experiência de sobra no universo da música. Em 2005 ajudou a fundar o grupo Bonde do Rolê. É um pouco difícil explicar o som que eles faziam, digamos que mesclava funk, forró e eletrônico, além de letras tão estranhas quanto. No entanto, para a época, aquilo foi um verdadeiro chamariz. O grupo conseguiu alcançar a mídia internacional, sendo notícia até no jornal americano The New York Times.

Em 2006, com o lançamento do álbum With Lasers, o Bonde passou a fazer shows pelo país e também pelo mundo, com turnês pela Europa, EUA e Canadá. Destaque para a música “Solta o Frango”, que chegou a fazer parte da campanha mundial de celulares da Nokia, integrando ainda a trilha sonora de um filme e do jogo FIFA 8. O céu era o limite para o trio.

Mas a Marina saiu do grupo meses depois, sem muitos detalhes dos motivos e diversas especulações sobre brigas internas. O que já se sabe que foi exatamente isso o que aconteceu. Semanas depois da sua saída, em entrevista ao portal G1, ela foi questionada sobre o desgaste do relacionamento com o Bonde do Rolê. “De verdade, eu não queria falar sobre isso. Só queria dizer que, em banda, isso acontece. Nós não somos a primeira e nem seremos a última banda que começa com amizade e termina com pessoas que não se falam mais. Triste que foi assim, mas eu não desejo mal para ninguém. Eles foram muito importantes para mim, eu aprendi muito com os meninos, mas agora eles não fazem mais parte da minha vida. Não é pelo que passou que eu vou torcer contra. Quero muito que eles encontrem alguém que consiga me substituir à altura. Apesar de ser algo tosco, eu sei que o que eu faço em cima do palco não é fácil”, disse ao G1.

Um novo começo

Depois de 2007, nem a Marina e muito menos o Bonde do Rolê eram mais os mesmos. Enquanto o Bonde buscava continuar a sua vida artística com novas vocalistas, Vello seguiu um caminho totalmente diferente, tentando encontrar o seu próprio som, sem amarras. No ano de 2009 ela participou da música e clipe de “Dansa Med Vapen”, de um duo sueco de electro alternativo chamado Maskinen. A sua participação até lembra o estilo do seu ex-grupo, mas o que veio depois disso era completamente o oposto.

Uma parceria com o Adriano Cintra, ex-integrante da banda CSS (Cansei de Ser Sexy), resultou no projeto intitulado Madrid no ano de 2012. Com músicas mais suaves e que traziam influências do indie e pop, o duo chamou a atenção da mídia, mas não só pela música. No ano anterior, Cintra saiu de forma tumultuada do CSS relatando diversos problemas internos. Ou seja, eram dois músicos com carreiras internacionais e que durante o sucesso de seus respectivos projetos coletivos decidiram sair e seguir por outros rumos sozinhos. Durante a apresentação do Madrid no Showlivre, por exemplo, Cintra e Vello deram declarações sobre as suas saídas do CSS e Bonde do Rolê, após serem questionados pelo público do programa. Ambas as declarações resultaram em um desabafo sobre seus projetos anteriores e um sinal claro de como um bom relacionamento interno entre integrantes se faz mais necessário do que apenas entrosamento musical.

Marina Vello e Adriano Cintra, em 2012. Foto: divulgação
Marina Vello e Adriano Cintra, em 2012. Foto: Rafael Kent

A existência do Madrid até os dias atuais é uma incógnita, desde o lançamento do álbum homônimo em 2012, alguns shows, singles e EPs divulgados no ano seguinte, o duo promove a divulgação esporádica de novos trabalhos. Além do disco de estreia, existe o single “Sad Song” (2012), o EP “Madrid EP1” (2013), e mais dois singles de nome “Charlie” (2018) e “Mira” (2022). Os motivos para esses espaços de tempo podem ser explicados pela distância que cada músico reside um do outro. Na época do surgimento do Madrid, Marina morava na Inglaterra e estava de passagem pelo Brasil. Depois o Adriano mudou para Portugal e Marina voltou para o Brasil. Atualmente, ambos moram no Brasil e novos sons podem surgir. Aproveitando, a foto de capa para essa matéria pertence a Natasha Durski.

Commando: um álbum de surf music, rock, punk e alternativo

Em Commando, álbum que ganhou vida em 2013, Marina Vello, agora com o codinome Marina Gasolina, faz uma nova reviravolta na carreira. Misturando surf music, rock, punk e alternativo, o disco é um daqueles trabalhos que se percebe uma dedicação intensa do artista. Nem todas as escolhas musicais no álbum poderão ser compreendidas em sua totalidade, porém capaz de atingir uma nota 8 de 10 por resenhas da época. O grande trunfo desse trabalho talvez seja a capacidade de mostrar uma artista que consegue se reinventar e, mais do que isso, que sua força e variedade criativa nunca se resumiu a um projeto.

Mas as coisas mudaram novamente para Marina. O seu inverno chegou e aquilo que parecia ser uma nova carreira na música ficou de lado por alguns anos. Se a sua vida fosse um filme, digamos que foi nesse momento que surgiu o plot twist de sua história. “2014 foi um ano que eu me diverti muito, mas foi quando eu perdi a mão também. Em 2015 já tava toda cagada, internada em hospitais, inclusive num hospital psiquiátrico, onde passei quase um mês. Foi sombrio, novembro 2015 foi um mês terrível. Tava tão desorientada que vim para o Brasil no início de 2016 para passar três meses. Rolou o golpe, eu tive um surto psicótico, queria tacar bosta na Unimed, queria fazer algo. Inconformada, fui para a ocupação do Iphan, tresloucada, desesperada, misturei minha história pessoal com a nossa história coletiva. Veja bem, eu não tinha voltado ao Brasil, eu tinha voltado para Curitiba. Aquela republiqueta, aquela cafonice lavajatista toda. Foi péssimo”, detalha Marina durante a sua conversa com o Nada Pop.

Marina Gasolina - Foto: arquivo pessoal
Marina Gasolina – Foto: Fernando Nogari

Artista igual pedreiro 

Neste ano, quase uma década depois, Marina retorna ao jogo. No dia 25 de novembro será o lançamento do álbum “Dispopia”, que foi gravado em 2014 quando residia em Paris. De acordo com o material divulgado à imprensa, esse disco ficou guardado por alguns anos quando Marina precisou se afastar por causa da dependência química. Após passar por mixagem e masterização de Rafael Panke, que integra as bandas Ruído/MM e Delta Cockers, o álbum ganhará o mundo e será uma obra “sobre luto, pulsão de morte, uma ode às drogas e ao fim do mundo. Ao fim de tudo”. Tudo isso segundo a própria Marina.

Capa do álbum "Dispopia"
Capa do álbum “Dispopia”

No release enviado para o site, a artista se apresenta como compositora, cantora, professora, artista visual e escritora. Durante a entrevista, cogitei perguntar se ela se considerava também uma “mestre de obras”. Com receio de não se compreendido, evitei tal questionamento. É que diante de tantas reviravoltas na carreira, elevações e descidas, mudanças e muito pouca monotonia, será que não podemos chamar o seu retorno de um tipo de reconstrução, parafraseando Chico Buarque, “feito tijolo com tijolo num desenho mágico e com seus olhos embotados de cimento e lágrima”?

A capa de “Dispopia” faz referência a um monumento, como explicou Marina em seu Instagram. “O desenho, o traçado de um Spomenik chamado Memorial da Batalha de Sutjeska no vale dos heróis. Esse monumento fica em Tjentište, na Bósnia. Construído em 1971, projeto de Miodrag Zivkovic e Ranko Radovic. Googla aí. Concreto brutal. Brutal é a guerra. Brutal é a história por trás de cada coisa bela. Daquelas que tiram o ar do peito, dão um nó na garganta e os olhos ardem, tipo cebola crua, tipo gás lacrimogênio. Os ciclos se fecham de uma maneira, impressionantemente impressionista… Sete anos atrás visitando todos esses monumentos símbolos da luta antifascista, antinazista, vidas perdidas, traumas moldados na vala da necropolítica. Lá, espectadora de um passado acabado, horrível e finito. Brigando com banda emo brasileira em pleno Spomenik. Hoje, Brasil 2022, estes símbolos de lugares longínquos não são somente monumentos. São avisos. Estamos de sobreaviso”.

Portal em Tjentište - Reprodução
Portal em Tjentište – Reprodução – Clique na imagem para mais informações sobre o monumento.

Nos últimos meses a Marina divulgou dois singles que irão fazer parte do novo álbum. O primeiro, “Struck”, também possui clipe e foi dirigido por Fernando Nogari, que já atuou com artistas do mainstream, entre elas Selena Gomez e Luisa Sonza. Filmado como se fosse uma obra cinematográfica, o clipe foi realizado em Petrova Gora, na Croácia. O local abandonado é chamado de Monumento ao Levante do Povo de Kordun e Banija, construído onde antes era um hospital partidário durante a Segunda Guerra Mundial.

O segundo single é “Know Nothing”, que também ganhou clipe e traz fotos e vídeos de diferentes fases da vida da Marina. De acordo com a descrição do vídeo, ela conta que “foi um processo pesado revisitar, foi um alívio ressignificar, olhar para as fotos de todos esses momentos com um olhar diferente, da pessoa diferente que sou e das coisas que eu não sabia, e das coisas que eu sentia e como me sinto olhando para trás. Lua em Caprica, a velha melancolia, eu sou um velho nadando nesse mar. O luto pelo corpo que tive (que quando tinha repudiava), pelos lugares que estive (e não gostava), pelo rio que correu e não volta mais. O rio me atravessou. O trem me atropelou. O adeus me engessou. Mas de adeus não vivo mais”.

Para fazer o PRE SAVE do álbum clique AQUI. Neste sábado, 26 de novembro, a partir das 17h, Marina Gasolina, Frescobol e No Bass No Love se apresentam no espaço Laje, que fica na Rua João Ramalho, em São Paulo. Os ingressos variam entre R$15 e R$20 dependendo do horário que você chegar.

Show no Espaço Laje, em São Paulo.
Show no Espaço Laje, em São Paulo.

Marina conversou um pouco com o Nada Pop, a entrevista está completa abaixo. Por conta do seu histórico com as drogas, tivemos o cuidado de questionar se poderíamos publicar tudo na íntegra. Ela concordou, afinal a sua vida e arte se misturam. Mesmo que tenha passado por um longo inverno, o seu sol parece ter ressurgido e com um brilho ainda mais forte.

NADA POP – Marina, o lançamento do álbum será no dia 25 de novembro e você diz no material enviado à imprensa que o “Dispopia” é uma obra sobre luto, pulsão de morte, uma ode às drogas e ao fim do mundo. A minha primeira pergunta é a seguinte: você está bem? Como foram esses últimos 8 anos pra você?

MARINA: Hoje posso dizer que sim, estou bem. Mas foram anos difíceis. 2014 foi um ano que eu me diverti muito, mas foi quando eu perdi a mão também, em 2015 já estava toda cagada, internada em hospitais, inclusive num hospital psiquiátrico, onde passei quase um mês. Foi sombrio, novembro 2015 foi um mês terrível. Tava tão desorientada que vim para o Brasil no início de 2016 para passar três meses. Rolou o golpe, eu tive um surto psicótico, queria tacar bosta na Unimed, queria fazer algo, inconformada fui para a ocupação do Iphan, tresloucada, desesperada, misturei minha história pessoal com a nossa história coletiva. Veja bem, eu não tinha voltado ao Brasil, eu tinha voltado para Curitiba. Aquela republiqueta, aquela cafonice lavajatista toda. Foi péssimo.

Eu nunca voltei pra Paris. Toda a minha vida ficou lá. Eu tinha emprego, eu tinha casa, eu tinha amigos, eu tinha tudo. Tinha o filme, Utopia que eu estava finalizando com o Fernando Nogari. Ele, que morou Bósnia, também tinha voltado para o Brasil. Nós dois, mais um outro amigo, agilizamos um edital para conseguir finalizar o filme. Ia ser lançado no fim de 2016 lá em Curitiba mesmo. Filme com trilha tocada ao vivo. Teve eleição municipal, teve greve dos bancos, o prefeito eleito chantageou o prefeito ainda no mandato e o edital foi cancelado. A gente ficou sabendo três semanas antes do lançamento. Na verdade, o Fernando ficou sabendo antes de mim, foi na semana do meu aniversário. Cheguei na casa dele para continuarmos a edição e lembro de falar para ele que me sentia muito deprimida e que a única coisa que fazia sentido para mim naquele momento era o filme. Ele tinha que me contar que o edital tinha sido cancelado.

Depois disso até o carnaval de 2019 fiquei trancada em apartamentos sujos cheirando pó dia e noite, noite e dia. Eu dormia duas vezes por semana. Ficava noite e dia cortando e colando, fazendo colagens e delirando, literalmente. Não conseguia ver saída, vivia totalmente sem perspectiva. Compus bastante nessa época. Algumas dessas coisas vou lançar com o Adri (Adriano Cintra) em algum momento. Lançamos Mira no início do ano. Compus essa música no dia que a Dilma falou por 14 horas ao congresso. Assisti fumando pedra, foi um dia horrível. Eu não cheiro desde 2019. 2019 foi uma merda. Só trabalhava, comia e dormia. Engordei 30 quilos em três meses. A violência que foi isso. 2020 veio pandemia, pelo menos eu estava craque em ficar sozinha.

Fim do ano passado, depois da vacina, vim para São Paulo gravar umas coisas com o Adri e ver amigos. Foi uma experiência tão intensa que em janeiro voltei com os gatos embaixo do braço. 2022 passou voando, e foi difícil, altos B.Os, mas também foi uma delícia. Ainda tô me sentindo Maria da Graça Meneghel chegando na cidade grande.

NADA POP – Em que tipo de pessoas você acredita que o álbum poderá criar alguma identificação? E o que seria “dispopia”?

MARINA: Não sei. Essa sempre foi minha dificuldade, identificar público, não penso nisso quando faço as coisas. Acho que meus amigos. Eu faço música pra mim e para os meus amigos. O filme se chamava Utopia, e tinha uma cena onde eu tatuava Dispopia no meu braço, sentada embaixo de um trem que um dia descarregou pessoas para dentro de um campo de extermínio. Eu estava tatuando freestyle, não tinha decalque, nem nada pra olhar, nadinha. Errei. O T virou P e Distopia virou Dispopia. Ao longo dos anos esse nome foi fazendo cada vez mais sentido, algo que soa pop, mas torto, dissonante, dissidente. Acho que descreve bem a vibe do disco.

NADA POP – Quantas faixas ao todo o álbum terá. Todas as composições são suas? Outros músicos participaram da gravação?

MARINA: São dez faixas. Eu compus e gravei praticamente tudo sozinha. Gravei em casa e usei também um estúdio de ensaio associação (bem comum na França). Levava meu laptop e meu microfone e usava o amp deles pra gravar as guitarras (as linhas de baixo são da guitarra oitavada). As baterias ou programei ou usei as baterias de um teclado, aquelas dos ritmos: valsa, bolero etc. Tinha uma música que eu queria um baterista real oficial. Chamei meu amigo Paul Ramon. Ele toca numa banda bem legal chamada Bryan’s Magic Tears.

O legal foi que eu gravei ele nesse mesmo estúdio de ensaio, e foi a primeira vez que microfonei e captei uma bateria. Quem mixou e masterizou o disco foi meu amigo de adolescência Rafael Panke, baixista do Ruído e também um produtor muito talentoso. Ele adicionou um regalinhos, um tecladinho em Aphasia, uma prateleira caindo em K-hole, umas viradas de bateria em Pariah Beseeching. Sem ele esse disco nunca teria sido concluído.

Lá em 2016, ele começou a mixar o disco, daí o edital miou. Ano passado, achei uma MP3 com as músicas emendadas num Google Drive das antigas. Estava na rua, sentei no meio-fio e chorei. Escrevi para o Panke na hora do choro mesmo e perguntei se ele topava me ajudar a mixar e finalizar o disco. Ficou tudo muito lindo.

Marina Gasolina no clipe "Struck" - Foto por Fernando Nogari.
Marina Gasolina no clipe “Struck” – Foto por Fernando Nogari.

NADA POP – Struck é uma música lenta, mas ao mesmo tempo com riffs e bateria que a transformam em uma música dançante também. É possível esperar mais baladas tristes/dançantes para o álbum?

MARINA: O disco é triste dançante. Mas tem também a parte só triste. É doido, esse disco é meio premonitório, eu vi o desastre no meu inconsciente e registrei tudo.

NADA POP – A sua carreira impressiona pelo tanto de coisas que você já fez, ao mesmo tempo sabemos o quanto é difícil sobreviver com a música no Brasil. Quais são os seus planos após o lançamento do álbum? Podemos esperar por mais shows e lançamentos de clipes, por exemplo?

MARINA: Então, a ideia é fazer show. Montei esse show fudido ao lado do Paulo Beto e da Tati Meyer do Anvil FX, e olha, superou muito as minhas expectativas. O show tá muito lindo. Quero tocar muito esse disco. Clipe, eu tenho editado e reeditado, reciclado material da época, e tenho me divertido. Edito tudo no celular. Tem sido uma novidade, e tô me esbaldando nessa linguagem para mim totalmente inédita.

NADA POP – No caso do clipe de Struck, fiquei impressionado pelo local das cenas e pela fotografia do clipe. No que você pensou antes de filmar esse clipe, o que você tentou transmitir em vídeo e o que acredita ter conseguido?

MARINA: Essas imagens são do filme Utopia. Eu editei, mas a captação e direção são do Fernando Nogari. Se você não sabe quem é ele, devia. Explica tudo. A gente viajou pela Bósnia e pela Croácia em 2014 visitando Spomeniks e daí veio a ideia de fazer o filme. A gente mal sabia do que se tratava, a gente só estava impressionado.

NADA POP – Na faixa Know Nothing já mistura uma pegada mais dark com um baixo distorcido, teclado e uma bateria que remete a batidas de coração (viajei muito?). O clipe traz recortes/colagens de fotos e vídeos de vários momentos da sua vida. Na descrição do vídeo você fala sobre o passado, a pessoa que você foi e do adeus de um amigo chamado Marco Sanchez. O passado te traz algum peso ou te ajuda, hoje, a compreender quem você é?

MARINA: O passado é pesado como uma Barsa. E eu tô sempre consultando ela.

NADA POP – Por fim, perguntas aleatórias. Último livro que leu? Quem você mais admira musicalmente? O que faz você se irritar facilmente? Com quem você gostaria de gravar uma música? Qual o seu prato preferido? Qual música você ouve mesmo sabendo que seus amigos detestam? Qual elogio mais te marcou? Quem você chamaria para a porrada e que você defenderia? Diga o que achou desse papo.

MARINA: Último livro que eu li: Sem Vista para o mar da Carolina Rodrigues, uma obra prima. Eu sou fã do Adriano Cintra. E do Paulo Beto também. E é com eles que eu quero fazer som. Quero fazer som com a Amanda Butler também, ela é muito criativa e inspiradora. Também queria fazer um noise com o Bernardo Pacheco. E com Mari Crestani também. E com a Silvia Tape!

Meus amigos não detestam música. A gente só detesta o fascismo. Porrada é uma coisa muito tosca. Meu chicote é minha língua. Eu defendo o estado democrático de direito. Gostei do papo! Escrevi pra caralho! Valeu Nada Pop!

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