Las Ligas Menores, a aclamada banda argentina de indie rock, vem conquistando cada vez mais espaço por toda a América Latina. Formada Anabella Cartolano, Angie Cases Bossi, Micaela Garcia, Nina Carrara e Pablo Kemper, o grupo traz ao público brasileiro uma apresentação única no novo Cineclube Cortina, inaugurado em julho de 2022.
Com uma sonoridade carregada de leveza e descontração, Las Ligas Menores tem sido fortemente influenciada por bandas icônicas como Pavement, Guided by Voices e Galaxie 500. Com músicas envolventes e cativantes, o grupo já recebeu até uma indicação ao Grammy Latino em 2021, além de shows internacionais e turnês em diferentes países e participações em grandes festivais.
Desde sua formação em 2011, a banda lançou os álbuns “Las Ligas Menores” (2014) e “Fuego Artificial” (2018), além de singles e EPs que se tornaram verdadeiras relíquias para alguns dos seus fãs. A participação deles na reconhecida rádio KEXP, de Seattle, trouxe a atenção do público e da crítica e o vídeo da apresentação da Las Ligas ultrapassa a marca das 600 mil visualizações até o momento.
Enquanto o grupo não lança seu novo álbum já intitulado de “Piedra del Águila”, é possível ouvir os hits mais conhecidos como “Hice Todo Mal” (2020), “La Nieve” (2021) e o cover de “Vigilantes Del Espejo” (da banda espanhola Triângulo de Amor Bizarro, em 2022).
No dia 3 de agosto, a Brain Productions Booking, com apoio do projeto IndieAmérica, proporcionará ao público brasileiro a chance de testemunhar ao vivo o show da Las Ligas Menores em São Paulo. Os ingressos para esse show ainda estão disponíveis para compra no site da Sympla – compre AQUI.
Conversamos por e-mail com a banda e o papo você confere abaixo. As perguntas foram respondidas pela Nina, tecladista da Las Ligas Menores.
O que vocês sabem sobre o Brasil e o que mais gostariam de conhecer a respeito do país?
NINA CARRARA – Uma das coisas que mais gosto no Brasil, além das caipirinhas, dos brigadeiros e das praias, é a música. Cresci ouvindo “O canto da Cidade”, de Daniela Mercury, nas manhãs de domingo em família (bem anos 90). Quando eu tinha 15 anos, meu pai me deu o CD do Getz/Gilberto, você pode ver o Caetano e até o filho dele Moreno Veloso morando em Buenos Aires. Espero poder aproveitar a turnê para conhecer novas bandas e atualizar minha playlist de música brasileira.

Qual a expectativa para o show em São Paulo e agosto?
NINA CARRARA – A primeira vez que viajamos para um país onde nunca tocamos sempre tem algo de especial. Não deixamos de nos surpreender com a forma como as pessoas nos recebem e cantam nossas músicas em outros países. Esses momentos são incríveis. Estamos muito curiosos para ver se eles vão cantar nossas músicas em portuñol (risos).
Sabemos das influências que vocês possuem, como Pavement e Guided by Voices, mas existem artistas ou bandas latinas que são também influências?
NINA CARRARA – Quando começamos a tocar fomos convidados a fazer parte do selo Laptra, um coletivo de bandas independentes que também inclui Él Mató a un Policía Motorizado, Bestia Bebé, Hojas Secas e 107 Faunos. De fato, durante um recital de Faunos há 12 anos, surgiu a ideia de se reunirem pela primeira vez em uma sala de ensaio. Todas as bandas da gravadora de alguma forma nos influenciaram tanto na sonoridade quanto na forma de realizar nosso projeto.
Com o tempo tivemos a oportunidade de viajar o que nos conectou com bandas de outros países, como Carolina Durante, da Espanha, Los Zapping, do Peru, Los Blenders, do México. Quando se trata de tocar em outros países é muito valioso ter o apoio de bandas locais, que também curtem muito a música que fazem. Vamos ver que surpresa nos espera nesta primeira turnê no Brasil.

O que pensam sobre a divergência antagônica entre o Brasil e Argentina no futebol?
NINA CARRARA – Tem uma parte da competição que deixa o jogo mais emocionante, dá adrenalina. Mas obviamente sempre vamos preferir um time latino para ganhar uma Copa do Mundo, não há dúvida disso.
O terceiro álbum de vocês traz muita expectativa para o público. O que vocês buscam trazer nesse novo trabalho musicalmente falando e como ele dialoga com essa fase da carreira da banda e da vida de vocês?
NINA CARRARA – Estamos trabalhando neste disco há algum tempo. Quando iniciamos o processo, a pandemia nos pegou e fomos obrigados a parar. Isso nos fez retomar o processo de montagem das músicas aos poucos, pois poderíamos nos recompor dando muito tempo de teste para cada música.
Trabalhamos junto com o Felipe Quintans como produtor, gravamos demos, e com esse material continuamos testando as coisas no estúdio. Gostamos de ir ao nosso próprio ritmo, sem parar de jogar ou viajar no meio.
Quanto ao som, estamos no mesmo caminho das últimas músicas que saíram, fiz tudo errado, La Nieve e Piedra del Águila. Esperamos poder mostrar coisas novas muito em breve e que gostem! Talvez, se tiverem sorte, possam ouvir uma música em shows no Brasil.
Última pergunta: Maradona ou Messi?
NINA CARRARA – É como nos perguntar quem amamos mais, nossa mãe ou nosso pai. Não podemos atender!
SERVIÇO
Las Ligas Menores (Argentina) em São Paulo
Quando: 3 de agosto, quinta-feira
Horário: Subsolo abre às 21h | Show: 22h30
Local: Cineclube Cortina
Endereço: Rua Araújo, 62, República – São Paulo/SP
Venda de ingressos: Clique AQUI
Os ingressos possuem preços entre R$ 60 a R$ 200. A discotecagem (Festa IndieAmérica) será com os DJs Jota Wagner e Mancha, antes e depois dos shows! O espaço conta com um bar e restaurante no térreo, aberto à partir das 18h.