Punk, hardcore e alternativo

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Greg Hetson fala sobre os perigos do Punk

Por Tercio Testa

Greg Hetson, famoso por fazer parte das bandas Circle Jerks e Bad Religion ainda lembra, como se fosse hoje, a reação exagerada que a música punk recebia durante os anos 70.

“Pelo fato de ter poucas pessoas seguindo este tipo de música e por tanta gente meio que desaprová-lo, as pessoas tinham medo do Punk”, disse Hetson. “Na TV falavam coisas como, ‘Seu filho ou sua filha se tornaram punks? Mande-os agora para a ala psiquiátrica.'”

Este não era o tipo de coisa que deteria Hetson, que decidiu que queria fazer parte de uma banda punk quando viu o seu primeiro show, em julho de 1978.

“Era The Dickies e Middle Class no Whiskey”, lembra Hetson. “A Middle Class abriu o show, e eles eram apenas três jovens garotos em cima de um palco tocando uma música boa, rápida e agressiva. Eu pensei, ‘Wow, eles têm a minha idade. Se eles podem fazer isto, eu também posso’. Aquela banda me influenciou muito. então, vieram os Dickies, e eles foram ótimos. Ainda são ótimos. Aquilo tudo me fez dizer, ‘OK, quero fazer parte de uma banda punk’”.

Então, quando Hetson viu um flyer punk na pasta de um colega de classe em seu último ano no colegial, ele decidiu começar uma conversa.

“Cheguei nele e disse, ‘Hey, você curte punk rock?’ Ele pensou, ‘Oh Deus, lá vem esse cara me falar merda’, porque o punk rock não era aceito. No fim, era Jeff McDonald. Começamos a falar sobre músicas que gostávamos, sobre punk rock, e foi quando decidimos começar uma banda [Redd Kross]”.

Em 1980, Hetson deixou a Redd Kross para se juntar com o ex-vocaslita da Black Flag, Keith Morris, na banda Circle Jerks. Promover sua nova banda de punk hardcore provou ter sua parcela de perigo também.

“Usávamos muita tinta spray na época para divulgar nossas bandas”, disse Hetson. “Me lembro que o Black Flag usava letras gigantes – Nem sei porquê faziam isto – para pintar com spray o túnel do aeroporto de Los Angeles (LAX) que passava por baixo da passarela. A Circle Jerks dominou Hollywood e pichamos bancos e vielas. Era a única maneira de sermos reconhecidos, uma vez que tudo era tão novo e perigoso para a sociedade normal. Era perigoso para nós. Colávamos flyers nas paredes e os vizinhos tentavam nos expulsar com tacos de baseball. Não nos machucamos, mas tinha hora que era foda.”

Confira mais lembranças de Hetson no vídeo abaixo (em inglês). #punkinspired

Por Chrissy Mauck e tradução de Tércio Testa, da Lomba Raivosa.

Matéria publicada originalmente no site da Fender, acesse clicando AQUI.

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