
A 4º edição da SIM (Semana Internacional de Música de São Paulo) acontece entre 7 e 11 de dezembro. A programação irá contar com shows, palestras e rodadas de negócio, a music convention vai ocupar o Centro Cultural São Paulo com conferências, meet-ups e showcases, além de espalhar apresentações em casas de show da capital paulista.
Neste ano, a SIM tem uma nova regra: metade da programação de showscases e palestrantes terá de ser com mulheres para reforçar seu espaço no meio artístico e no mercado de trabalho.
Clicando AQUI você tem acesso a toda programação já confirmada da SIM. A Deb and The Mentals é uma das atrações confirmadas no evento e aproveitamos para bater um papo com o Guilherme (guitarra) e a Deb Babilônia (vocalista), aproveitando para saber um pouco sobre o hype que a banda vem atingindo nos últimos meses. Confira abaixo.
NADA POP ENTREVISTA DEB AND THE MENTALS
NADA POP – Acompanhei um pouco o rolê de vocês pelo nordeste. Digam quantos shows rolaram por lá, em quais cidades vocês tocaram e como foi o público de lá. Além disso, contem como foi a experiência de tocar no Festival DoSol e se já existiam pessoas que conheciam o som de vocês na região.
GUILHERME HYPOLITHO – Cara, fizemos dois shows no festival DoSol, que rola em Natal (foi lindo!). Daí passamos por Campina Grande, João Pessoa, Maceió, e por fim Aracaju. Acho que no total somaram uns 8 dias com um tempinho pra conhecer os lugares. Cada cidade é diferente, não sei se é o clima, o visual, mas as pessoas são quentes e receptivas. Em todos os lugares que passamos tinha uma galera presente e bem por dentro das bandas que estavam ali. Foi ANIMAL! Nos apaixonamos.
NADA POP – E o lado bom e o ruim da estrada? E para a Deb, o que foi mais complicado ou se, em comparação com os “meninos” da banda, os problemas foram iguais.
GUILHERME HYPOLITHO – A gente se dá muito bem! Sempre fomos amigos. Se rola alguma divergência entre nós, resolvemos rapidinho. Faz parte do processo. De perrengue, não tivemos e nem ligamos muito: estamos aí para isso. O pessoal da Muquifo (selo que nos levou) conseguiu cuidar bem da gente (rs).
Ir ao Nordeste é sonho meu desde criancinha. Se houve algum problema, eu devia estar distraído com alguma vaca comendo capim ao pôr do sol. Deb?
DEB BABILÔNIA: Para mim foi tudo muito tranquilo. Tenho 3 irmãos homens e sou a única menina, então estar entre meninos para mim é familiar. Eu amo estar na estrada e por mim eu viveria em tour o ano inteiro! Pena que financeiramente não é tão fácil assim. Mas também sou muito distraída, se aconteceu alguma coisa eu devia estar procurando algum ET no céu, é sério!
NADA POP – A banda está atraindo cada vez mais atenção e causando barulho. Mas e o outro lado por trás do trabalho de ter uma banda? Digo em relação a divulgação, contatos, parcerias e fechamento de shows. Quem cuida disso na banda e como vocês estão trabalhando nesse sentido? E, claro, como enxergam essa parte (para alguns pode até ser considerada mais chata) como algo importante para o reconhecimento do som de vocês?
GUILHERME HYPOLITHO – Em relação a contratos e este tipo de coisa, somos bem desencanados. Desde que iniciamos o primeiro ensaio, a proposta já era despretenciosa e estávamos afim de nos divertir. Sempre resolvemos tudo por nós, desde os produtos da banda até o preço da gasolina. Se dependermos muito desses aspectos, fica difícil dar movimento.
Na maioria das vezes, a Deborah e o Giuliano tomam frente dos fechamentos dos shows e, por enquanto, tem aparecido oportunidades muito legais para nós! Não temos tido tanta dificuldade quanto a isso. No caso da Muquifo Records, aceitamos o convite de braços abertos e fomos nessa, tudo bem natural. Em São Paulo o cenário anda ruim, pelo menos é o que estamos sentindo. Mas não gira tudo aqui, o país é enorme. É que quando a gente tá numa boa, fica tudo numa boa. Sabe?
Em 2017 lançaremos pelo menos 2 clipes em formato de singles. E logo depois um álbum cheio que já está masterizado e pronto para rodar. Gravamos no estúdio Costella e foi produzido pelo Alexandre Capilé. O lançamento vai ser uma linda parceria com a Läjä Records. Mas ainda estamos definindo a logística da prensagem física do disco e das turnês. Qualquer convite é muito bem vindo! Queremos tocar!
NADA POP – O Giuliano (baterista) é a pessoa mais doida da banda? Se não for, quem é e o motivo? Digam as loucuras que o Giuliano apronta, por favor.
GUILHERME E DEB – O Giuliano é sapeca, alegria nas baquetas, mas ao mesmo tempo tem a cabeça no lugar e sabe bem o que precisa ser feito. Amamos ele por isso. O que ele geralmente faz é encher o nosso saco para tirarmos fotos dele em lugares toscos. Sempre que tem uma arte engraçada no meio da rua até antecipamos a fala dele: “Tira uma foto minha aqui!”. Ele é uma matraquinha, não pára de falar 1 minuto. Tem vezes que temos que pedir que ele fique quietinho!

NADA POP – E qual a expectativa para o SIM São Paulo? Vocês são o grupo mais punk rock do evento e fiquei pensando se vocês estariam pensando em chamar alguém para fazer uma participação especial e, se for o caso, quem. Valeu!
GUILHERME HYPOLITHO E DEB – A expectativa é muito boa! E ao mesmo tempo, estamos tranquilos. A SIM é foda no sentido de networking, porque contará com muita gente do meio, o que pode abrir muitas portas para nós. Ficamos felizes e surpresos com o convite. Vamos nos divertir bastante!
Se rolar uma participação, chamaremos o nosso produtor Capilé, que nos deu uma música de presente no próximo disco.