Punk, hardcore e alternativo

Banda Doze - Crédito divulgação
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Entrevista com a banda Doze, do ABC Paulista

Se você é daquele tipo de pessoa que enxerga a música como um museu e só gosta de bandas que não estão mais entre nós, sinto em lhe dizer que você está perdendo um tempo danado deixando de observar (e ouvir!) bandas que podem estar aí, muito perto de você, fazendo um bom trabalho e se dedicando ao máximo para chamar a sua atenção.

Por isso, confira o nossa entrevista com a banda Doze, de Santo André, lá do ABC Paulista, e descubra uma banda que poderá surpreender pela sua sonoridade. Quem representou a banda neste papo foram os integrantes Eduardo (guitarra) e Breno (baixo).

Os caras lançaram nesta semana dois singles, com produção do Jean Dolabella, no estúdio Family Mob. A banda apresenta uma mistura de som entre Incubus, Silverchair e Radiohead, mas com letras em português e que não é nenhum pouco ruim. Para mais detalhes desse trabalho e sobre a origem da banda leia nossa entrevista abaixo com a Doze.

Compartilhe essa entrevista junto com a hashtag #Doze e #GoBrenoLiMdU

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Entrevista banda Doze

NADA POP – Pessoal, me expliquem o nome de vocês? Antes vocês se chamavam “A Teoria das Doze Reações” e agora se chamam apenas “Doze”. Qual o significado do nome? É mais fácil lembrar de “Doze” do que de “A Teoria…”?

DOZE – Há cerca de quatro anos, iniciamos os primeiros rascunhos do que viria a se tornar esse que é o nosso CD de estreia. Conforme a coisa foi tomando forma, vimos que muita coisa havia evoluído, a formação era completamente diferente, e que até então não eramos efetivamente uma banda de verdade… portanto nos tornamos uma banda completamente nova, mas que partiu da evolução do que eramos antes, e achamos que seria uma boa o nome também evoluir de certa forma. Além de mais fácil de ser lembrado como nome, como você mesmo disse, DOZE está implícito em muitas coisas do dia dia, como nas divisões do tempo, signos zoodiacais…quado decidimos o nome falamos tanto dessa parada de ser algo implícito e ao mesmo tempo sempre presente, que decidimos que não havia melhor nome para nós do que esse.

NADA POP – Vocês lançaram na última segunda (05/01) dois sons, são eles “Infinito Outrora” e “Nation”. Particularmente, senti uma forte influência de Incubus. Eles são mesmo uma forte influência de vocês? Quais bandas vocês poderiam citar que inspiram vocês?

DOZE – Com certeza Incubus é uma grande inspiração para nós, engraçado até ouvir isso, pois mesmo sendo realmente uma das maiores inspirações para gente não fica claro que tem algo muito “na cara” de Incubus no disco, na verdade tentamos não fazer nada baseado em algum formato já pré-estabelecido.

No processo de composição, todos contribuíram igualmente, então podemos dizer que tempera essa mistura aí um pouco de Incubus, Thrice, P.O.D., Underoath, Deftones, The Butterfly Effect, A Perfect Circle, Sevendust, Queens of the Stone Age, Siverlchair, Radiohead, Metallica. Até o próprio Diesel/Udora, que foi a banda do nosso produtor Jean Dollabela, influenciou muito.

NADA POP – E sobre o sons, digam onde e quando foram gravados? Pelo que vocês descreveram, as músicas foram produzidas pelo Jean Dolabella, no Family Mob. O quanto a produção dele foi importante pra vocês no sentido de dicas, sugestões entre outras coisas?

DOZE – Nós fizemos duas pré-produções, uma em casa e outra no home estúdio do Jean Dolabella, que produziu todo disco. A realização do disco mesmo foi 100% dentro do Family Mob Studios, que dispensa comentários. Baita estrutura e profissionais de primeira. Começamos o disco em 2011/2012 e só terminamos ele em 2014.

Sobre o Jean, ele foi fundamental em ajudar a encontrar os caminhos, mas sempre mantendo e explorando essência da banda, nunca tentando formatar as coisas. Ele nos pediu apenas para criar o máximo que podíamos e nós chegamos com umas 25 ideias bem prontas. Fomos escolhendo o que tinha mais a ver com a gente e tal. Ele tem muita bagagem, é um multi-instrumentista com uma pegada muito foda e estuda muito sobre música. Foi realmente uma verdadeira aula.

NADA POP – Agora com os sons lançados, qual é o caminho a seguir a partir de agora? Já tem show marcado? Falando nisso, os shows da cena alternativa, no sentido de público, estão rolando bem por aí no ABC?

DOZE – Agora queremos nos dedicar a deixar tudo muito bem redondo e tocar o máximo possível. Em 2014 corremos atrás de apresentações a partir de maio, fizemos 20 apresentações até dezembro e acredito que para uma banda que ainda não tinha material de divulgação, foi excelente.

Ainda não temos nenhum show mais vai aparecer em breve, a gente tem essa ideia de ter sempre eventos para tocar sem parar pra descansar, pois nos divertimos muito com isso.

A cena alternativa é interessante, pois tem muita banda boa de verdade surgindo, acabamos conhecendo ótimas bandas nessa correria de eventos, mas infelizmente hoje em dia não são muitas pessoas que saem de casa para acompanhar um show de rock independente, acredito que boa parte disso pela falta de qualidade nos espaços. E aí os espaços que existem não conseguem se sustentar por que não tem muita gente acompanhando, o que gera um circulo vicioso bem complicado de quebrar.

NADA POP – Foto promo, teaser, clipe ou até assessoria de imprensa. Vocês diriam que atualmente o cenário independente está cada vez mais dependente de recursos que possam atrair mais atenção das pessoas? O quanto vocês julgam válido essas ações?

DOZE – Acho que independente do cenário, uma banda sempre tenta buscar a atenção das pessoas, e todo recurso de divulgação se torna importante. Hoje em dia acho que o mercado da música não possui mais um padrão como o de antigamente, então essas formas de divulgação acabam tendo de ser bem criativas. Por exemplo, o disco novo do Foo Fighters que foi divulgado na íntegra, música a música toda semana, acompanhado de um capítulo de documentário. Extremante cativante e legal, trouxe a galera para mais próximo deles. Pena que o Dave Grohl não está na nossa banda pra bancar um projeto desse pra gente! Hahahahahaha

NADA POP – Gostaria que vocês contassem uma história bizarra ou engraçada da banda, seja ela uma roubada ou não. Pode ser?

DOZE – Uma vez marcamos um show, o bar era bizarro, imundo, todas as paredes e pisos de azulejo e não havia palco, pensamos: “caralho, fudido, vamo toma soco aqui memo quando começar a baderna. Da hora!”. Mas o show atrasou porque o cara que ia levar o amplificador estava muito louco e atrasou três horas pra chegar com o equipamento, aí já deu aquela “bad”.

Mas o melhor ainda estava por vir (hahahaahaha). Na hora do show, passou uma ratazana gigantesca no meio do pedalboard do Du, e o Thiago chegou a ter que pular o bicho, que correu assustado pro banheiro. Perdemos o único mascote da banda (uauahuahuahuahaua). Se pá ele tava lá só pra curtir um som e acabamos assustando o coitado.

NADA POP – Afinal de contas, vocês pretendem lançar um álbum cheio? Existe previsão de novos sons? Para quando?

DOZE – O álbum está pronto, estamos loucos para lança-lo. Faltam apenas alguns detalhes e fechar a arte gráfica. Ainda não podemos dizer uma data de lançamento, mas será logo! Precisa ser logo! Nesse meio termo lançaremos mais um som e um clipe.

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NADA POP – Qual o melhor conselho que vocês poderiam ter recebido no começo da banda e que não receberam? Sim, a pergunta é essa mesmo (risos).

DOZE – (HAHAHAHA) Puts… acho que seria: “não tenha uma banda, dá trabalho PRA CARALHO!”. Na verdade nos deram esse conselho, a gente só não quis ouvir…

NADA POP – Agradeço o papo e o tempo de vocês, deixem uma mensagem para quem leu essa entrevista e digam por que devemos acreditar que 2015 será um ano “ducaralho”, beleza?

DOZE – Voltando o assunto do conselho, seguimos um conselho que o Jean nos deu durante a produção do disco e serve para todos que se empenham em bandas “Independente do que você for fazer musicalmente, faça isso verdadeiramente. Seja de verdade. Mesmo que ninguém goste. Pois isso é na verdade o que fará dar certo”.

Estamos famintos por shows e queremos continuar dar o máximo de nós neles. Acreditem, 2015 será um ano muito divertido para todos nós! Esperamos que vocês venham nos ver e tomar uma cerveja com a gente. Fale que leu esta entrevista e ganhe uma breja no nosso show!!! (HUAHUAUHAHUAHUA).

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A banda Doze é formada por Tiago Barranco (voz), Bruno Novato (guitarra), Eduardo Kalynytschenko (guitarra), Elvis Santos (bateria) e Breno Martins (baixo).

Curta a página da banda neste link: facebook.com/bandadozeoficial

Ouça os singles “Infinito Outrora” e “Nation” aqui: bit.ly/1Kfu8yx

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