Por Giuliano Mascitelli
Abri um saco de lixos recicláveis na esquina do final da rua e encontrei um monte de papéis picados, amassados com verdades escritas dentro…
Não tem estudo que comprove, não tem diagnóstico que sustente, não tem pesquisa que dê conta dos nossos dias. A realidade no tempo atual é fluida. Ouso dizer que não é humanamente processável.
Avanço tecnológico se tornou monólogo de banqueiro. É grave o quadro de saúde do mercado financeiro.
A proliferação das informações é viral.
A psiquê sofre por não conseguir acompanhar o ritmo de propagação do capital especulativo.
A notícia que vem do outro lado do mundo chega aqui de dia, quando lá já é noite de uma realidade completamente diferente do que era ontem.
Dias, horas, anos se sucedem como psicodelia temporal.
O presente é uma sucessão de publicidades que se alternam no quadro de um mini outdoor eletrônico de um ponto de ônibus qualquer.
Atualmente, a vida é o que menos importa.
O otimismo é irrelevante e pífio. O apolítico é elegível. O antissistêmico é na prática a própria lei.
Relevante ou irrelevante? “Tempo é dinheiro” e por descuido, num lapso de tempo, você decidiu alçar o risível ao status de verdade e reivindicação. Rashtags, trending topics, memes, lives e podcasts, etc.
A novidade é a retaguarda. A vanguarda do passado é a cara da derrota atual e ainda sonha com uma máquina do tempo.
Fim.