Sabe quando você ouve uma banda e consegue sentir todo o ódio escorrendo pelos acordes e gritos? Sabe aquela banda que te chacoalha e você fica feliz de pode ouvir algo tão incrivelmente sujo, feio e barulhento que te faz soltar um sorriso de orelha a orelha?
Um som deliciosamente horrível e original, mesmo que lembre Ratos de Porão, Cólera, Dead Kennedys, Circle Jerks… Tantas lembranças e todas são incrivelmente agradáveis. Como é bom ouvir bandas e relembrar o motivo pelo qual fazemos o Nada Pop ao apertar o play de álbuns como o Zeitgeist, nascida em Aracaju.
Zeitgeist é uma palavra alemã que tem o significado de “espírito da época” ou, se você gosta de documentários, é o título de um dos principais filmes a respeito de conspirações globais que traz temas como Cristianismo, ataques de 11 de setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América. Se nunca assistiu, é mais do que recomendado. Será que é apenas conspiração mesmo? Enfim… Vamos voltar para a banda.
Formada por David Dória (vocal e guitarra), Aloysio Padilha (guitarra), Paulo Bruno (baixo) e Matheus Deka (bateria), a banda se autodenomina um “conjunto musical formado por quatro garotos maneiros que fazem um som sujo. Música de vagabundo, feita por nós mesmos”. Lindo, né?
O que é lindo mesmo é que esses “garotos” são formados musicalmente pelo hardcore old school dos anos 1980. O que poderia ser mais perfeito do que isso? A maravilhosa arte de capa – e muito aflitiva – foi feita por Canijan Oliveira. Já o primeiro disco da Zeitgeist é todo produzido pela própria banda que, particularmente, ganha como uma das melhores coisas que ouvimos neste ano.
Barulho incrível para começar essa semana muitíssimo doido. Curta a página dessa sujeira toda clicando AQUI. Agora aumente o volume e aperte o play abaixo.